Os primeiros livros, que formam o Antigo Testamento, foram registrados em pergaminhos, um material feito de peles de animais que permitia a transcrição de histórias, leis e poesia num formato duradouro, destinado a preservar não apenas a memória do povo escolhido, mas também a revelação divina que orientaria suas vidas. Esses textos bíblicos são repletos de promessas e profecias acerca da vinda de um Messias, um salvador que traria redenção e restauraria a relação entre Deus e a humanidade.
As páginas da Escritura estavam preparadas para acolher a chegada de Jesus, que nasceria em um humilde estábulo em Belém, cumprindo as antigas predições e confirmando a veracidade do que havia sido profetizado ao longo dos séculos. Ao entrar no mundo como um simples recém-nascido, Ele não apenas trouxe consigo a esperança de uma nova aliança, mas também encarnou a essência do que esses textos comunicavam: a promessa de que, através Dele, seria possível encontrar um caminho claro e direto para a verdade e a vida. Jesus, ao pronunciar a famosa frase Eu sou o caminho, a verdade e a vida, estabeleceu de forma definitiva o propósito da Escritura e a razão de Sua vinda, ressaltando que a salvação e a verdadeira compreensão vêm somente através d'Ele. Esses ensinamentos se tornaram a base não apenas para o cristianismo, mas também ecoaram na história da filosofia e da ética, provocando questionamentos profundos sobre a natureza da verdade e da existência.
A obra escrita na Bíblia não é, portanto, apenas uma coleção de histórias antigas, mas sim um manifesto do amor divino que buscava reconectar a humanidade com seu Criador, e cada palavra registrada em pergaminho ressoa com a expectativa de um tempo em que a verdade suprema se tornaria visível em forma humana. Assim, os relatos da vida e dos ensinamentos de Jesus, que eventualmente seriam registrados no Novo Testamento, não representam um rompimento com o que surgiu anteriormente, mas uma continuação, um desdobramento do plano divino que sempre existiu para a salvação da humanidade. A conexão entre o Antigo e o Novo Testamento é o fio condutor que revela uma narrativa coerente da intervenção divina ao longo da história. Jesus, sendo o cumprimento das promessas feitas aos profetas, trouxe uma nova compreensão de quem Deus é e como Ele se relaciona com Seus filhos.
Os ensinamentos de Jesus não apenas fortaleceram a fé dos seus contemporâneos, como também reverberaram ao longo dos séculos, inspirando inumeráveis pessoas a procurarem a verdade, a se comprometerem com a vida ética e a buscarem um relacionamento mais íntimo com Deus. Assim, a Bíblia, que se começou a formar antes do advento de Cristo, nunca foi um texto isolado, mas sim uma revelação dinâmica da cúmplice busca do homem pelo sagrado. Esta união entre as Escrituras, anteriormente registradas em pergaminhos, e a vinda do Messias, que proclamou ser o caminho, a verdade e a vida, nos convida a refletir sobre nossa própria busca por significado e propósito em um mundo que frequentemente parece desprovido de ambos.
O reconhecimento de que Jesus é o cumprimento das promessas escritas nos dá uma nova perspectiva sobre os desafios da vida, encorajando-nos a confiar nEle como a fonte de nossa verdade e a guia em nosso caminho. Este entendimento nos lembra que, não importa quão complexa ou confusa a nossa própria jornada possa ser, sempre há um caminho, o caminho que foi aberto por meio daquela verdade encarnada, que continua a oferecer vida a todos que o buscam.